Com máscaras, temendo represálias, policiais militares e bombeiros decidiram ontem, em assembleia, pela paralisação das atividades por tempo indeterminado. Eles estão acampados no Ginásio Poliesportivo da Parangaba e afirmam que só retornam ao trabalho após a abertura de negociação com o Governo. Às vésperas do Réveillon, a categoria não descarta a ausência de segurança pública no evento.
“Estamos dependendo do Governo. Assim que houver um posicionamento a favor da nossa pauta de reivindicações, voltamos ao trabalho”, afirma o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública (Aprospec), deputado estadual capitão Wagner Sousa. A categoria reivindica a anistia dos PMs que estão respondendo ao processo disciplinar e o retorno daqueles que foram transferidos para o Interior após as manifestações, além do reajuste salarial.
Segundo a organização, cerca de mil PMs compareceram ao chamado da assembleia – que teve o horário modificado para o fim da tarde após o cancelamento da convocação do Comando Geral. O número representa 14% do total de policiais na Capital. Já o comando da PM, afirma que 500 estiveram no local. Muitos estavam com máscaras, bonés e óculos escuros para não serem reconhecidos. “Já tivemos amigos que receberam ameaças dos superiores porque participaram do movimento”, comenta um dos policiais.
No centro do ginásio, ao serem questionados sobre a possibilidade de paralisação, todos os militares presentes seguiram para a arquibancada direita em sinal de apoio. A maioria se mostrou disposta a passar dia e noite no local. “Estamos preparados para ficar aqui até vencer”, disse um dos policiais mascarados. Equipes organizadas pela Aprospec ficaram encarregadas de buscar alimentos, água e colchonetes para os grevista. A recomendação do movimento é que todos os policiais parem as viaturas, entreguem armas e se dirijam ao polo da Parangaba. “Os familiares também devem se juntar a essa luta”, acrescentou o presidente da Associação Nacional dos Praças da PM e do Corpo de Bombeiros, Pedro Queiroz.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Werisleik Matias, diz que o Governo desconhece paralisação da categoria. Segundo ele, até as 20 horas de ontem não foi registrada nenhuma ausência de serviço. Ainda de acordo com ele, as punições para os policiais que paralisarem a atividade estão previstas no Código Penal Militar e o Código Disciplinar. “Com aqueles que infringirem qualquer desses preceitos, com certeza nós atuaremos de acordo com a legalidade”, pontua.
Conforme detalha, a paralisação pode ser caracterizado como motim ou “infração disciplinar”, o que pode culminar até com a saída da corporação. Questionado sobre o esquema de segurança do Réveillon em caso de paralisação dos policiais, o coronel Werisleik disse: “Nós temos certeza que a Polícia não vai parar”.
Sobre as reivindicações salariais dos PMs e bombeiros, Werisleik disse que ninguém procurou o comando. “Essas pessoas (da assembleia) não têm legitimidade para falar pela Polícia Militar. Estão querendo ser donos da Polícia, e não são”, avalia.
LÁ VAI - Mais uma vez o nosso blog acerta em cheio passamos a semana falando aqui de uma possível paralisação de um importante órgão do estado, e ta aí a gloriosa policia e bombeiros em greve,só esperamos que seja tudo resolvido o mais rápido possível e que essa greve não chegue ao interior pois se a insegurança já anda grande imaginem sem polícia.só espero que o governador não faça igual a greve dos professores que por pura birra de Cid se estendeu por vários dias,governador estamos de olho em.
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