sexta-feira, 19 de outubro de 2012


CRESCE O NÚMERO DE SOLTEIROS NO CEARÁ, DIZ IBGE

“Os solteiros imperam”. A comum expressão é bem verdade quando se fala sobre a população do Ceará. É que cerca de 60% dos cearenses registraram a solteirice como estado civil. Enquanto os casados representam 33% e desquitados, divorciados e viúvos, juntos, são 7%. Os dados são da pesquisa de Nupcialidade de 2010, realizada pelo IBGE e divulgada nessa quarta-feira (17).

A pesquisa, dividida em 16 faixas etárias, constata que há 4.217.098 solteiros no estado, além de indicar que 28% deles, maior parte, está entre os jovens (de 18 a 29 anos) e adultos de 30 a 34 anos – com exceção de crianças e adolescentes. Desse percentual, a maioria se concentra na área urbana do Ceará, num total de 75%. Já na zona rural, estão os 25% restantes.

Porém, mesmo declarando a solteirice, algumas pessoas vivem em união com companheiros, são as conhecidas uniões estáveis. São 1.157.362 cearenses nesse estado, representando 27% dos solteiros.

Para o sociólogo Fran Yan Tavares, o crescimento no número de solteiros no estado se dá ideia de individualidade, muitas vezes atrelada a conquista profissional. “A busca pelo emprego, crescimento pessoal, pela capacitação, consolidação de um projeto de vida, isso é prioridade muito antes de construir uma vida com outra pessoa”, ressalta.

Mais tempo para casar
A pesquisa do IBGE ainda constatou que tanto mulheres quanto homens estão demorando mais tempo para se casar. A faixa etária adulta de 30 a 34 anos apresentou um grande percentual de solteiros. Com 658.095 indivíduos nessa faixa, 59% se declaram solteiros.

Os novos “trintões” estão empatados, quando se fala na divergência dos sexos. Ao todo, 60% dos homens e 57% das mulheres estão descompromissados. Tavares associa o fato da busca pelo crescimento profissional e estabilidade financeira aos dados.

Além disso, o sociólogo avalia que, atualmente, as pessoas têm permanecido mais tempo casa dos pais. “Antes tinha aquela questão do cara que acabou os estudos já querer sair de casa. Hoje, a preocupação é de cursar uma universidade, fazer uma pós-graduação, tentar vagas nos primeiro postos de trabalho, para depois sair da casa dos pais. Só depois é que vai bancar uma casa, para dividir isso com alguém”, explica.

Fonte:Tianguá em foco 

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