sábado, 10 de março de 2012

COVARDIA SEM LIMITES DE TRAFICANTES DO MORRO DO PAPAGAIO CONTRA UMA CRIANÇA DE APENAS 13 ANOS

Jovem torturada por traficantes no Morro do Papagaio
Militares realizavam operação no aglomerado para encontrar os autores de disparos contra policiais, quando localizaram a menina

MAURÍCIO DE SOUZA
menor torturada
Menina torturada estava em choque na manhã desta sexta-feira

Uma menina de 13 anos foi mantida em cárcere privado, torturada e queimada com colheres e moedas incandescentes num castigo imposto por traficantes durante toda a noite da última quinta-feira (8) na Vila Estrela, no Aglomerado do Morro do Papagaio, região centro-sul de Belo Horizonte.
A menina foi resgatada na manhã desta sexta-feira (9) durante uma operação conjunta entre policiais civis da 1º Delegacia Sul e da 124ª Companhia da Polícia Militar do 22º BPM (Santa Lúcia).
O objetivo inicial da operação era tentar encontrar os autores de disparos contra os policiais civis e militares ocorridos há cerca de uma semana. Durante a incursão na favela, os policiais receberam a denúncia de que a menina estava em cárcere privado. Ela teria sido torturada porque estaria levando drogas de traficantes de fora para abastecer bocas de fumo dentro da Vila Estrela.
A quadrilha, composta com pelo menos 15 integrantes seria chefiada por um traficante conhecido na região como “Leca”.
Segundo um agente da Polícia Civil que pediu anonimato, nesta sexta-feira à tarde os policiais civis conseguiram sete mandados de prisão contra supostos envolvidos na tortura da jovem, Conforme o policial, na semana passada, tanto policiais militares como investigadores foram recebidos a bala durante incursões na Vila Estrela. As primeiras informações apontaram que a quadrilha de “Leca” estaria de posse de muitas armas semi-automáticas calibre 9 milímetros. Armados até os dentes, os traficantes estariam promovendo um clima de terror na região.
O investigador revelou quem, por sorte a menina não morreu. “Os traficantes passaram a noite com ela, que foi torturada. Eles esquentavam colheres, moedas e pedaços de plástico e colocavam sobre as pernas da menina como castigo”. Assim que foi resgatada, a menina prestou depoimento, mas negou estar a serviço de traficantes fora da Vila Estrela e ter levado drogas para o local.
Ela foi encaminhada ao Instituto Médico-legal (IML), onde se submeteu a exame de corpo de delito.

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