quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mestre da sanfona, Dominguinhos morre aos 72 anos em São Paulo


O sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos, que lutava contra um câncer no pulmão havia seis anos e estava internado desde dezembro do ano passado, morreu na tarde desta terça-feira (23/7) aos 72 anos no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo (SP).
Em Garanhuns (PE), onde nasceu no dia 12 de fevereiro de 1941, José Domingos de Morais, como foi batizado, travou os primeiros contatos com a música graças ao pai, um conhecido sanfoneiro. Ainda menino, passou a se apresentar em feiras ao lado dos irmãos, com quem formava o trio Os Três Pinguins.
A dedicação à sanfona fez com que logo se tornasse referência no instrumento. Aos nove anos, já era proficiente em sanfonas de 48, 80 e 120 baixos. Luiz Gonzaga, que viu uma apresentação do menino na porta de um hotel em que estava hospedado, ficou impressionado com o talento de Dominguinhos, deu-lhe uma sanfona de presente e o convidou a ir para o Rio de Janeiro.
O jovem se mudou em 1954. Dez anos depois, gravou o primeiro disco e a partir de então a carreira decolou. Logo Dominguinhos tornou-se sinônimo de sanfoneiro e de música nordestina, gravando com artistas como Elba Ramalho, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Chico Buarque. Entre seus maiores sucessos destacam-se "Lamento sertanejo" (parceria com Gil), "Eu só quero um xodó" (com Anastácia), "Isso aqui tá bom demais" e "De volta pro aconchego" (ambas com Nando Cordel). 
Ao longo de mais de mais de meio século de carreira, Dominguinhos incorporou à sua música, além do baião, do xote e do forró nordestino, elementos de bossa nova e jazz. Ganhou diversos prêmios como o Grammy Latino em 2002 com o CD "Chegando de Mansinho" e o Prêmio Shell de Música em 2010.

Fonte: Globo Rural

Nenhum comentário:

Postar um comentário