quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


MINISTÉRIO PÚBLICO CUMPRE MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO EM URUOCA.

O Ministério Público do Ceará cumpriu, na manhã desta quarta-feira (6), mandados de busca e apreensão no município de Uruoca, na região norte do Ceará, como consequência da operação “Mensalinho de Uruoca”. O trabalho foi feito em parceria com as polícias militar e civil. Participaram da ação o promotor de Justiça Venusto da Silva Cardoso e os delegados Nayana Andrade Barbosa e Júnior Vieira Fernandes.
Foram realizadas diligências nas casas dos envolvidos no esquema, na Câmara Municipal e na Secretaria de Finanças. Na operação, foram apreendidos diversos documentos, uma arma, mídias eletrônicas e computadores.
A operação foi desenvolvida pela promotoria de Justiça de Uruoca com o auxílio da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), junto ao Poder Judiciário no dia 10 de dezembro. Cinco vereadores são  suspeitos de receber propina para aprovar projetos de lei de interesse do ex-prefeito Manoel Conrado. Em uma decisão datada do dia 10 de janeiro, o juiz Fábio Medeiros Falcão de Andrade determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal e a prisão temporária dos vereadores investigados.
Desvio de dinheiro
Todos eles estão presos em Fortaleza e foram ouvidos nesta terça-feira (5), pela Procap. A apuração preliminar feita pelo MP aponta que nos anos de 2009 a 2011 foram desviados cerca de R$ 12 mil por ano para cada vereador, mas o montante desviado pode ser ainda maior. Dentre as práticas criminosas cometidas pelos vereadores, destacam-se as de corrupções ativa e passiva. Durante os depoimentos, os vereadores negaram a participação no esquema de corrupção e alegaram que os valores arrecadados são provenientes de empréstimos pessoais e prestação de serviços.
Em depoimento à Procap, os vereadores e ex-vereadores negaram participação no "mensalinho". Segundo o MP, os suspeitos justificaram a arrecadação de dinheiro por meio de "trabalhos pessoais". O ex-prefeito de Uruoca Manoel Fernandes Moreira Filho admitiu haver o esquema. Segundo depoimento dele à Procap, ele era pressionado a manter o esquema de propina.
Fonte: GG1CE

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