segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Granja caminha para uma esquerda maquiada?

Um dos grandes desejos da oposição foi assumir o poder política local, ou parte dele. E com toda razão. Nas ruas e rostos de cada granjense estão estampados os  resultados da incompetência, da corrupção e da negligencia das sucessivas administrações sob a chibata da oligarquia arruda.  Isso é motivo suficiente para unirmos forças ao lado da oposição. Precisamos da oposição!
Na eleição passada, a oposição desempenhou um grande trabalho, levando o atual prefeito e seus “amigos”  a um apertadíssimo resultado nas urnas. Teve gente que até se escondeu, outros lacrimejaram durante a apuração dos votos, pois era certa a derrota e junto as regalias.
No inicio de 2011, a esquerda ganhou um reforço inesperado. Vereadores do lado do prefeito, se aliaram à oposição e ganharam o comando da Câmara Municipal, dividindo parte do poder político do município. Era o  sonho virando realidade. Nas primeiras sessões, sempre as quarta-feiras, o plenário José Vieira Angelim lotava, o odor de suor misturava-se com gosto de vitória, os vereadores foram recebidos como cavaleiros da Távola Redonda e cada palavra pronunciada era motivo de intermináveis aplausos. Todos no feudo estavam crentes que o prefeito  Esmerino Arruda comeria o pão que  a oposição amassaria. Até aí tudo bem!
Agora, corre em boca nada miúda, que alguns “amigos” do prefeito vendo uma derrota anunciada nas eleições 2012 estão buscando sombra e água fresca nas camarinhas da oposição. Isso não é estranho? Seria. Estranho é que esse tipo de gente acostumada a comer na cuia e a beber do Black & White do Doutô seja recebida com abraços e beijos por aqueles auto  intitulados  ”a mudança”.
Na Sessão Ordinária do dia 18 de janeiro de 2012, a oposição aprovou no maior silêncio, menos os vereadores Chico Ézio e Zenaide, as contas de 2008 do ex-prefeito Geovane Brito. A aquele a quem a própria oposição só o chamava de laranja do brejo, aquele a quem nas eleições de 2008 a oposição lançava panfletos perguntando  sobre desvios  de verbas, emprego fantasma (foi até distribuída uma lista com nomes de empregados fantasma, quem não lembra?) e nepotismo. Aprovar as contas não é estranho, mas fazer isso se chamar a população para discutir a matéria é negar ao cidadão o direito de participar ativamente da vida política.
Será que todos aqueles homens e mulheres lutadores  contra o regime do Doutô e sua corja irão engolir a seco os bagaços da situação, e o pior, com grande risco de ficarem sob seus comandos. E os valores éticos, morais, o combate aos empregos fantasmas e à corrupção, serão esquecidos? Pois os “amigos” do prefeito futebol clube virão não para se redimir do mal que ajudaram a construir, mais para não serem investigados, cobrados, responsabilizados quando a casa virá tapera.
Não podemos aceitar a alegação de que trocar seis por meia dúzia está de bom tamanho. Precisamos dar passos firmes, precisamos está vacinados contra a oligarquia reinante no município e sua possível renovação. Não podemos deixar Granja caminhar para uma esquerda maquiada.

Granjaceara

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