Defesa de Bruno afirma que recebeu carta de detento relatando o paradeiro da modelo

Promotor classifica hipótese de Eliza estar viva como fantasiosa: "Se existe alguma Olívia é a Olívia Palito"

Eliza Samudio estaria viva. Além disso, teria pagado R$ 4.000 para comprar um passaporte com o nome de Olívia Guimarães Lima, em Governador Valadares, no leste de Minas, em julho de 2010; passado por Guayaramerín, na Bolívia, e tomado rumo desconhecido. Essas informações constam em uma carta supostamente escrita por um detento, padrasto do goleiro Bruno Fernandes, e enviada aos advogados do goleiro. 

O advogado Francisco Simim, que defende o jogador, afirma que tomou conhecimento do teor da carta há cerca de 15 dias. Ele teria procurado o homem, identificado como Luiz Henrique Timóteo, para confirmar o caso. Segundo o advogado, Luiz teria dois filhos com a mãe de Bruno. 

Ele escreveu para o Rui [Pimenta, que também defende Bruno], mas não quisemos divulgar antes para confirmar pessoalmente as informações. Ele me reafirmou tudo. A Eliza fugiu em julho de 2010, mudou o nome para Olívia Guimarães Lima e nunca mais deu notícias para ninguém.

Para o promotor responsável pela acusação no julgamento, Henry Wagner Vasconcelos de Castro, a história é fantasiosa e não passa de teoria da conspiração. 

Essa história não tem fundamento. Se existe alguma Olívia, para mim, só pode ser a Olívia Palito. Neste caso, “palito” de ossos, bem tostados, que foi tudo que restou da vítima. 

Questionado sobre o motivo de só divulgar a informação agora, a dez dias do julgamento de Bruno e de outros quatro acusados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, Simim atribuiu o atraso ao antigo defensor de Bruno, Ércio Quaresma. 

O Luiz escreveu para o Quaresma na época, não sei por que ele não tomou nenhuma providência. 

Procurado, o advogado Ércio Quaresma não atendeu às ligações.

Rui Pimenta, que teria recebido a carta, acredita que Eliza está mesmo viva e quer distância de polêmicas.

Ela quer ficar longe disso tudo, viver a vida dela. Não há a menor chance dela aparecer no julgamento.

R7