Becky, de 24 anos, descobriu na 20ª semana de sua gravidez que o bebê que esperava tinha um raro problema de formação chamado gastrosquise, decorrente de um defeito na formação da parede abdominal do feto. Com isso, o bebê nasceria com uma abertura na região abdominal, o que possibilitaria o surgimento de vísceras abdominais, como estômagos e intestino, do lado de fora do corpo.
"Eu nunca tinha ouvido falar sobre esse problema antes e os médicos disseram que eu deveria estar preparada para o pior, ou seja, ela poderia não sobreviver. Foi de partir o coração”, disse Becky.
Maddie Kennedy nasceu dois meses mais cedo que o esperado e pesava pouco mais de 1 kg, quando foi levada imediatamente para o centro cirúrgico do Hospital Royal Victoria Infirmary, em Newscastle, no Reino Unido. O objetivo era tentar colocar seus órgãos dentro de seu abdômen. Mãe da criança, Becky, não teve sequer a oportunidade de olhar a filha no momento do parto.
“A cirurgia durou sete horas, tempo que parecia uma vida porque eu não sabia o que estava acontecendo com a minha filha”, disse Becky.
Embora tenha dado tudo certo na cirurgia, mãe e filha ainda enfrentariam um longo tratamento. Durante as três primeiras semanas, Becky não foi autorizada a segurar, por conta de todos os tubos que estavam ligados a ela para mantê-la viva.
A internação durou sete meses, sendo que quatro deles, Maddie passou na UTI. Durante esse tempo, a recé-nascida passou por outras 15 cirurgias.
O grande problema enfrentando por Maddie é que ela não consegue se alimentar corretamente, precisando de uma máquina que coloca nutrientes direto em sua corrente sanguínea.
Mesmo estando em casa, a jovem tem que ir frequentemente ao hospital e, provavelmente, precisará de um transplante de intestino futuramente.
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