Condenação é no regime semiaberto, quando o réu precisa dormir na cadeia. Bicheiro estava preso desde fevereiro
O empresário goiano foi condenado por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília FOTO: AGÊNCIA CÂMARA
Brasília
O bicheiro Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira foi condenado, ontem, a cinco anos de prisão em regime semiaberto pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. Ele também foi condenado ao pagamento de 50 dias-multa, mas o valor não foi informado pelo tribunal. Com a decisão ele recebeu alvará de soltura já que com a condenação está eliminada a prisão preventiva.
O alvará foi encaminhado para o presídio da Papuda, em Brasília, onde o contraventor está preso, e a previsão era que ele fosse solto ontem depois de fazer exame de corpo de delito.
Cabe recurso, e a defesa afirmou que recorrerá. O regime semiaberto é aquele no qual o réu passa o dia fora e dorme na cadeia. A assessoria do tribunal não informou se ele terá que ir dormir no presídio ou se poderá cumprir prisão domiciliar.
Segundo o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, o bicheiro será solto porque tem o direito de recorrer da decisão em liberdade. A informação não foi confirmada pelo TJ. Cachoeira foi condenado por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília. Segundo a Operação Saint Michel, da Polícia Civil do Distrito Federal, ele tentou forçar uma dispensa de licitação para a contratação de um sistema de bilhetagem sul-coreana.
A Saint Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o envolvimento de agentes públicos e empresários em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal e tráfico de influência em Goiás.
Cachoeira foi preso em fevereiro na Monte Carlo. Já preso, foi expedido novo mandado contra ele pela Saint Michel. Em outubro, ele obteve um habeas corpus relacionado às investigações da Monte Carlo, mas continuou preso por mandado expedido pela Saint Michel.
Perillo
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que os inquéritos do Superior Tribunal de Justiça para analisar os envolvimentos de Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF) com Cachoeira, estão na fase de coleta de provas.
Já o relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha, vai pedir o indiciamento de Perillo e 44 pessoas e que o Conselho Nacional do MP investigue o procurador-geral Roberto Gurgel.
Fonte - DN
foto - blog da Renata(minas gerais)
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