Zinho e Love: de heróis a carrascos?
Apesar de carioca de nascimento, Vágner Love começou a carreira no Palmeiras, tendo sido revelado pelo clube paulista na Copa São Paulo de 2003. Amanhã, poderá ajudar a decretar o rebaixamento do Verdão para a Série B .
Vágner Love e Zinho ocupam um lugar mágico no palco das glórias do Palmeiras. O primeiro foi uma maiores revelações do clube nos últimos anos; o segundo ganhou quase tudo o que podia pelo clube na década de ouro (1990). Neste domingo, os dois podem despir o manto de heróis e vestir o de carrascos, decretando o rebaixamento palmeirense para a Série B - uma derrota derruba o time paulista independentemente dos outros jogos.
Mas nenhum dos dois está à vontade com o novo papel. "Não posso negar que é um momento triste ver o time nessa situação. Foi lá que eu apareci para o futebol e tenho ótimas lembranças. Mas sou profissional e tenho de defender as cores do Flamengo. O futebol é assim", disse o atacante rubro-negro.
Não foi à toa que Vágner Love usou o termo "nasci". Foi em 2003. Depois de ter sido vice-campeão da Copa São Paulo de Juniores, o atacante subiu para o profissional, mas teve de enfrentar a Segundona na equipe de Jair Picerni. Por lá, foi artilheiro da competição, com 19 gols, e peça-chave para o retorno da equipe à elite do futebol brasileiro no ano seguinte.
Último suspiro
A culpa parece mais pesada para Zinho, hoje diretor de futebol do Flamengo. "Se pudesse, não estaria envolvido nesse jogo. Tenho identificação, carinho e gratidão por esse clube. Palmeiras e Flamengo me projetaram", disse.
Zinho ganhou os mais importantes títulos do clube, como o bi do Brasileiro (1993/1994) e a Libertadores, em 1999. "Esse jogo pode representar o último suspiro do Palmeiras, mas a ética e o profissionalismo falam mais alto. Sou profissional e estou no Flamengo", completou.
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