Na semana passada, o Ministério Público do Paraná divulgou um relatório preliminar de fiscalização da Anatel que apontava que, em apenas um dia, a companhia teria faturado R$ 4,3 milhões pelo desligamento proposital das ligações de 8,2 milhões de usuários. Com o novo regulamento, esse cenário não voltaria a ocorrer.
"Não podemos falar em perda de receita, porque essa questão da queda de chamadas não gera ganhos que possam ter relevância para uma empresa do tamanho da TIM", argumentou o executivo. Nos planos de ligações ilimitadas, como o Infinity, da TIM, o usuário é cobrado pelo número de chamadas que faz, e não pelo tempo que dura cada ligação.
Críticas
Girasole voltou a criticar o relatório da Anatel, classificando-o como "impreciso", e disse que a TIM espera que o julgamento desse processo ocorra o mais rápido possível. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pediu que o órgão regulador apresse a tramitação do caso, que deve ser julgado pelo conselho até outubro.
"Já apresentamos nossa defesa apontado as diversas falhas da fiscalização e, caso seja necessário, vamos entregar mais análises e evidências de que a TIM não poderia derrubar chamadas deliberadamente", completou o vice-presidente da companhia.
Enquanto o caso não chega ao seu trâmite final, a TIM se propôs a adotar as novas regras - adiantadas na segunda-feira pela Agência Estado - antes mesmo da exigência da Anatel, que só deve ser aprovada daqui a um mês.
Na quarta-feira, o conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, afirmou que a atualização da regra está alinhada com a nova realidade de oferta massiva desses planos e foi tomada considerando os resultados da fiscalização da agência. "O que o usuário quer é que a chamada não caia e, se cair, que ele não seja penalizado por isso. Queremos que o consumidor não tenha prejuízo", concluiu. / COLABOROU AYR ALISKI
Agência Estado
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