Conta de luz pode ficar até 16,7% menor a partir de março
O percentual é inferior aos 20,2% anunciados pela presidente Dilma Rousseff, em setembro. A recusa das companhias energéticas de três estados em aderir à proposta do Governo contribuiu para a decisão.
O valor da conta de luz dos brasileiros pode ficar até 16,7% menor a partir de março de 2013. Foi o que declarou ontem o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann. A diminuição é resultado das assinaturas antecipadas de contratos de concessão de energia elétrica pouco antes. O percentual é inferior aos 20,2% anunciados pela presidente Dilma Rousseff, em setembro. Segundo Zimmermann, o percentual menor é atribuído à recusa das companhias energéticas de São Paulo (Cesp), de Minas Gerais (Cemig) e Paranaense de Energia (Copel) em aderir à proposta do Governo. “A decisão dessas empresas estaduais, que decidiram pela não prorrogação, está causando diretamente, o impacto de não atingir a meta de 20,2 por cento. Estranhamos que essas empresas preferiram priorizar os acionistas do que a população”, disse o secretário executivo.Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, a redução no valor da conta de energia elétrica, de 16,7%, poderá ser sentida pelos consumidores em março do próximo ano. Do montante de 25.452 megawatts (MW) de capacidade instaladas das hidrelétricas, apenas 15.311 MW foram renovados antecipadamente, ou seja: só 60% das companhias de geração aceitaram os termos do governo. Com isso, a expectativa de conseguir diminuir em 8,5% o percentual da geração caiu para 5,1%. Em contrapartida, todas as empresas de transmissão aderiram ao plano. Uma das usinas da Cesp, a Hidrelétrica Três Irmãos, entre os municípios de Andradina e Pereira Barreto, em São Paulo, terá de ser devolvida à União, por causa da não renovação da concessão, no começo de janeiro.
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