quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Deputados trocam farpas na Assembleia


“Não aceito a acusação de traição de Eliane Novais”. Com essas palavras, o deputadoSérgio Aguiar (ex-PSB) rebateu as críticas da deputada Eliane Novais (PSB), ontem, na Assembleia Legislativa. O grupo político liderado pelo governador Cid Gomes saiu do PSB para poder apoiar a tentativa de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em detrimento à candidatura do presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Segundo Sérgio Aguiar, o PSB fechou as portas para a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República e, nem por isso, houve retaliação do grupo liderado pelos irmãos Ferreira Gomes. Disse, ainda, que, quando Ciro Gomes deixou o PSDB para ingressar no PPS, ele abandonou antes do processo eleitoral, bem diferente do atual PSB “que quer dar uma de bonzinho e entrega os cargos um ano antes das eleições”.
Além disso, o parlamentar afirmou que aliança formada pelo governo não foi só político-eleitoral, mas para governar o Estado. Segundo afirmou, PSB, agora, com a saída dos aliados de Cid Gomes volta a ser menor do que já foi no passado, quando tinha apenas dois deputados estaduais: Gislaine Landim e Antônio Granja.
Em aparte, o deputado Mauro Filho (ex-PSB) relembrou que Ciro Gomes caracterizou sua vida pública com “honradez”. “A troca de partido pode passar como uma mera busca de poder, mas Ciro Gomes deixou o PSDB, que tinha a presidência da República, para ir a um partido que não tinha nada”. Lembrou, ainda, que Eliane Novais votou para prefeito de Fortaleza em um candidato contrário ao PSB, e mesmo assim não sofreu nenhuma perseguição.
RESPOSTA
Em sua defesa, Eliane Novais rebateu as críticas de perseguição dos irmãos Ferreira Gomes pelo presidente nacional do partido, Eduardo Campos. Disse, ainda, que o perseguido foi o seu irmão, o ex-deputado Sérgio Novais, sendo inclusive afastado da direção partidária. A parlamentar afirmou também que foi perseguida dentro do PSB por Ciro Gomes. “Fui perseguida, mas nunca persegui ninguém. O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, também foi perseguido, mas nunca proferiu um comentário pejorativo contra os Ferreira Gomes”, defendeu.
Ela também respondeu ao ex-socialista sobre suposta utilização de recursos públicos para fins partidários. Neste momento, a troca de acusação atingiu seu ponto alto. “Eu não faço despesa com dinheiro público. Quem fez a farra dos jatinhos, a farra dos consignados, a farra dos kits sanitários e agora a farra dos buffets e um novo Palácio da Abolição sem licitação, foi o governador Cid. Ele sim gasta mal o dinheiro do povo”, criticou.

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