sexta-feira, 4 de maio de 2012

‘Se for preciso prenderemos metade da PM para evitar a greve’, diz promotor



O promotor militar Joathan de Castro, ameçado de morte por meio de uma carta, garantiu que não vai permitir uma nova paralisação dos policiais militares do Ceará. “Nós não admitiremos mais a cidade de Fortaleza sitiada como ficou no início de janeiro deste ano. Nem que seja preciso prender metade da Polícia Militar do Ceará, mas isso não vai mais acontecer”, enfatiza.
Joathan diz ter recebido uma ameaça de morte por meio de uma carta. A correspondência estaria ligada a questão da greve dos policiais militares do Ceará. O documento foi escrito no último dia 20 de março e chegou as mãos do promotor no começo do mês de abril. No texto, palavras grosseiras e ameças.
Para ele é uma clara tentativa de intimidar o Ministério Público. “As pessoas que estão ameaçando ou o ameaçador conhecem toda a minha rotina, mas isso não vai permitir que deixemos de fazer o nosso trabalho”, diz.

Outro caso
A agressão a parentes da desembargadora Sérgia Miranda, em 03 de janeiro deste ano é usada como exemplo de uma possível vingança. No dia anterior, a magistrada havia decretado ilegal a greve dos policiais militares no Ceará. A correspondência ainda traz como remetente a Associação de Cabos e Soldados do Estado (ACSMCE), mas a liderança da entidade nega qualquer envolvimento no caso.
“O que nos leva a pensar é que alguém além de querer macular o nome da instituição diante da sociedade para que não tivesse qualquer tipo de apoio, no caso de qualquer movimento de policiais militares que também fizesse um distanciamento da entidade para com o MP”, disse o presidente da ACSMCE, cabo Flávio Sabino.
O próprio promotor Joathan afirma que não acredita na ligação das associações e ressalta que o MP já fez denuncia à Justiça em relação aos crimes supostamente cometidos pelos policiais durante a greve da categoria.

Pedido de prisão
A promotoria de Justiça Militar ainda pediu a prisão preventiva de capitão Wagner que esteve à frente da greve. Sobre o caso, o presidente da Associação protesta.
“O MP deveria de preocupar com o policial militar que passa 96 horas trabalhando no interior do estado sem apoio, sem um local para dormir, sem alimentação pedindo esmola ao prefeito da cidade, refém dos comerciantes e a gente não vê o Ministério Público atuar”, diz Sabino.

ROCHINHA

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