segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Atrasos de salários e demissões atingem mais prefeituras

Esta semana, a Justiça determinou que Jaguaribara pague salários que já chegam a três meses de atraso em alguns casos. Enquanto isso, em Coreaú, servidores afirmam não saber quando irão receber pagamentos

Mais municípios do Estado estariam enfrentando atrasos de salários e demissões, de acordo com denúncias coletadas pelo O POVO na tarde de ontem. Tais ações dos gestores, que poriam em risco servidores e população, estariam acontecendo também em Jaguaribara e Coreaú, a 225,1 e a 299,3 quilômetros de Fortaleza respectivamente.
Em Jaguaribara, os atrasos já chegariam a três meses para alguns funcionários, segundo informa o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jaguaribara (Sinsemj), João Paulo Leite.
Vigilantes na secretaria da Infra-estrutura, profissionais de saúde do Hospital Municipal (excetuando os contratados pelo Programa de Saúde da Família), além de trabalhadores da secretaria da Cultura não estariam recebendo nos últimos meses por seus préstimos à cidade.
Respondendo à ação civil pública do Ministério Público do Estado (MPE), o juiz Ricardo Fontenelle determinou o imediato bloqueio e apreensão de 54% do total de toda e qualquer conta público do município para o pagamento dos salários em atraso. Caso não cumpra, o prefeito Edvaldo Silveira (PV), mais conhecido como Bacurau, terá de pagar multa diária de R$ 1 mil. Os trabalhos para ressarcimento devem começar já a partir da próxima semana.
Leite avalia que o motivo para atrasos teria relação entre a má administração das contas públicas da cidade e a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), devido a reiteradas reduções de impostos que abastecem o Fundo. “Se o prefeito tivesse feito um planejamento melhor e não houvesse tanta contratação, não estaríamos enfrentando isso”, analisa.
Em Coreaú, a situação seria semelhante. Segundo pessoas ligadas ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Coreaú (Sindsemc), profissionais de várias pastas da prefeitura esperam há quase três meses o pagamento de atrasados. A prefeitura teria ainda demitido funcionários comissionados e cerca de 80% dos trabalhadores temporários. Fontes ouvidas pelo O POVO afirmam que, procurado por eles, o Executivo da cidade se nega a dar mais informações a respeito.

 Outro lado
A reportagem tentou entrar em contato com os prefeitos dos dois municípios ao longo da tarde e no início da noite de ontem. Várias tentativas foram feitas para os telefones oficiais das prefeituras e também para os celulares de Edvaldo Silveira, que não respondeu às chamadas, e de Carlos Roner (PSDB), prefeito de Coreaú, cujo telefone permaneceu desligado até o fechamento desta página.


LÁ VAI - Me conte uma novidade,atrasos de salários foi a marca da administração em Coreaú, o prefeito nunca se preocupou com o salários dos servidores públicos do município.
 que essa pratica não seja seguido por outros prefeitos

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