A prisão do prefeito do município de Ipu, Sávio Pontes, gerou impasse dentro do seu próprio partido, o PMDB. No mesmo dia em que a sua prisão foi decretada - último dia 15 -, a convenção municipal da legenda homologou o nome de Pontes como candidato à reeleição, mesmo sem a sua presença, já que o prefeito afastado estava foragido.
Diante da situação e em meio aos burburinhos na cidade, o PMDB estadual já se mobilizou para anular a convenção. O diretório municipal da sigla foi dissolvido e foi formada uma comissão provisória interventora, cujo presidente é o atual prefeito, Luiz de Gonzaga Timbó (PMDB). Ele era o vice-prefeito da cidade e hoje é desafeto político de Pontes. “O PMDB se reuniu e achou por bem, em face das denúncias veiculadas pela imprensa contra Sávio e do fato de ele ter fugido, que houvesse intervenção. Esses motivos já eram suficientes para que o PMDB não permitisse que ele fosse candidato pelo partido”, apontou o presidente estadual em exercício da legenda, Gaudêncio Lucena.
Uma nova convenção do PMDB em Ipu está marcada para sábado. Timbó decidirá se é candidato a prefeito pela sigla durante reunião com aliados nesta quarta-feira.
Caos no município
Ao assumir à Prefeitura Municipal, no último dia 21, o que o atual prefeito relata que encontrou foi “uma calamidade” em Ipu. De acordo com ele, “documentos e computadores sumiram do município”. Boletins de Ocorrência registrados pelos atuais secretários municipais dão conta de que vários carros da Prefeitura estão quebrados e sem pneus e que algumas escolas municipais estão com estrutura precária.
Segundo Timbó, um pedido de realização de auditoria na administração foi protocolado, ontem, no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Fonte: O Povo ONLINE
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