segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Os bajuladores e a política de Coreaú



"A aranha sobe pelo fio da própria baba. É a imagem do bajulador, que não tem outro meio para subir." (Vitor Caruso)

Em nossa cidade, a exemplo de outras, assim ocorre: o sujeito A é eleito e ao assumir a prefeitura contrata boa parte de seus puxa-sacos (traduzindo, marionetes) para atingir os seus interesses e garantir votos na próxima eleição. Se, passada a eleição, o sujeito A sai e dá lugar ao B, os indivíduos contratados por A estarão automaticamente eliminados de seus cargos e serão dados aos de B. Nem todas as pessoas contratadas temporariamente são bajuladoras, mas indiscutivelmente a grande maioria fica com a fala amarrada pelo contrato, perante eventuais desserviços praticados por seus patrões, que em verdade é o povo.

A situação acima é muito comum em nossa cidade. Infelizmente, muitas das pessoas que são contratadas em caráter temporário são pouco escolarizadas, estando quase totalmente inaptas a exercerem determinados cargos ou funções, causando, nesse sentido, um grande prejuízo na qualidade dos serviços públicos oferecidos pelo município. O que importa, neste caso, é que os bajuladores defendam com unhas e dentes o indivíduo que os colocou dentro dos cargos, pois é apenas isso que os legitima, não sendo sua capacidade intelectual, profissional, etc., o que, decerto, deveria ser. 

Como sabiamente aponta Newton, “toda ação requer uma reação”, então, quem trata com desprezo alguém, com tal também será tratado. Isto é, quando um gestor demite determinado funcionário unicamente por ter votado no adversário, como consequência terá um eleitor iludido que empregará severas críticas, deformidades e imperfeições ao gestor e ao seu governo. Muitas vezes as opiniões são exercidas de forma desnecessária ou irracional, que apenas tentem manchar ao máximo a imagem da gestão que o deixou desempregado e que de alguma forma contribua para a eleição do ex-prefeito que o contratou. 

É notável a mencionada situação em nosso município atualmente. Carlos Roner saiu e levou consigo seus seguidores. Como esperado, não de forma pacífica. 

Com quase um ano de governo, a prefeita Érika Cristino recebeu severas críticas por meio de redes sociais e blogs, inclusive por este autor, quando este achou necessário. O argumento de tal governo pela inércia explícita é a de que não há como, no momento, trabalhar Coreaú como prometido, pois herdou um município degradante. Além disso, pede paciência aos coreauenses para que possa reestruturá-lo e depois fazer a tão esperada mudança. Aos olhos de alguns tal afirmação da gestão atual é utilizada para fugir de suas responsabilidades; para outros, é algo verídico, pois não há como se fazer uma casa sem se construir uma estrutura basilar sólida. Concordo parcialmente com a última afirmação, pois é visível a situação como o município foi entregue, no entanto, isso não explica e legitima o distanciamento do Governo Érika para com a população. Casos polêmicos e sérios, como a violência, por exemplo, aconteceram ultimamente em Coreaú, no entanto, a prefeitura parece não ter traçado nenhuma meta para combatê-los. Talvez, ainda faça. Espero! Sugestões não faltam, pois muitas já foram feitas.

Continuando a falar das críticas, estas não têm sido feitas apenas por pessoas que se preocupam com a realidade em que se encontra o município e que buscam exclusivamente por mudanças propiciadoras do bem comum, mas também, e principalmente, por indivíduos que não reagiram de forma pacífica à saída do antecessor de Érika. Como mencionado em parágrafo anterior.

Esses indivíduos, com tais ações, denunciam-se como autênticos bajuladores, formam grupos, criam perfis e contas falsas para tentar mostrar a todos (somente) os fatores negativos da gestão atual objetivando ressuscitar politicamente certo(s) indivíduo(s) que, no momento atual, não está no “poder”. Desse modo, então, seriam empregados novamente e, como diz o termo, “voltariam a mamar novamente”. 

Há alguns “mascarados” que questionam àqueles que hoje são contratados pela nova administração, posto não expressarem mais críticas como às faziam no mandato de Carlos Roner. Então, pergunto: porque os que hoje criticam anonimamente não faziam as mesmas críticas antes de 2012? Será que se beneficiavam nesse período? Porque o espírito de insatisfação surgiu apenas agora? Pelo menos os “críticos” de outrora tinham a coragem e sapiência de se identificar. 

Acredito que enquanto o indivíduo pensar apenas em si mesmo, deixar-se ser manipulado, ter uma mente pequena, intrigar-se com os outros por questões políticas, apontar apenas quem está certo ou errado, mostrar o governo bom ou ruim, Coreaú nunca receberá a mudança que necessita. Acredito na reestruturação de Coreaú, em todos os seus aspectos, mas não com a alteração de prefeito e sim com a transformação da mentalidade e das ações dos munícipes. 

Enfim, acabou-se o leite e “mamam” há tempos, sem piedade, o sangue da Palma. Sem nenhuma intervenção eficaz, com a transfusão de novas ideias advindas de seus próprios filhos, ela não resistirá e, de vez, perecerá. A vida da Palma está nas mãos de seus filhos, que unidamente deverão salvá-la dando a ela, cada um, uma parte de seu sangue, o qual deverá dispersar seus sugadores. 

Por Hélio Costa

LÁ VAI - Belíssimo texto do amigo Helio o concordo com tudo que está escrito e ainda acrescento além da falta de comunicação com o povo a administração atual também falha com a imprensa os blogs que no passado eram uteis para a oposição agora estão esquecidos depois que a oposição passou a ser situação.
Basta dizer que o blog cobrou ações contra a violência,pedimos que fosse feita uma audiência publica para se discutir com o povo ações para melhorar nossa 
cidade e nos colocamos a disposição e até agora nem uma resposta,vou sentar aqui e esperar a banda passar pois respostas até agora nada.

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