A terra tremeu numa magnitude de 2,6 graus nesta quarta-feira (27), ao meio dia e meia, na Região de Sobral, na Zona Norte do Ceará. O abalo foi verificado pela estação sismográfica de Sobral. Após análise dos pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o tremor foi caracterizado como de média proporções e deixa a região em estado de alerta, pois desde o começo de março os abalos tem se intensificado variando em magnitudes de 1,7 a 2.9 graus.
A Defesa Civil de Sobral atendeu a chamados de moradores das cidades de Alcântaras, Meruoca e Sobral, que tiveram danos materiais (rachaduras e queda de telhado) em suas casas. O chefe da Defesa Civil de Sobral, subtenente do Corpo de Bombeiros, Marcos Costa, informou que nesta quarta-feira foram sentidos pela população dois tremores. "Um foi verificado pela manhã e outro ao meio dia e meia, este de maior intensidade", relatou Marcos Costa garantindo que não houve nenhuma vítima humana com os abalos de hoje.
A Defesa Civil está de alerta e orienta a população que em caso de um tremor de maior magnitude deve acontecer a evacuação das casas, devido a possibilidade de desmoronamento. O epicentro dos tremores de hoje foi na Serra da Meruoca, numa falha geológica chamada de Riacho Fundo. Os pesquisadores da UFRN chamam a atenção que o epicentro foi o mesmo dos eventos sísmicos de 17 e 24 de março passado, "mas a distância ao foco do evento de hoje é maior que a dos eventos dos dias 17 e 24. A conclusão é que o tremor de hoje ocorreu na parte mais profunda da Falha do Riacho Fundo sendo que os eventos anteriores ocorreram na parte mais rasa", diz nota assinada pelos pesquisadores Joaquim Ferreira, Heleno Lima Neto, Paulo Oliveira, Eduardo Menezes e Regina Spinelli.
Há cinco anos, a falha Riacho Fundo vem proporcionando abalos sísmicos na Zona Norte cearense. O tremor de maior intensificado aconteceu em maio de 2008, quando atingiu 4.2 graus nessa área. "A atividade sísmica na Serra da Meruoca, no limite dos municípios de Sobral, Meruoca e Alcântaras começou em 2008 e não cessou completamente desde então", diz um estudo da Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil, ligada à UFRN. Há cinco anos essa área sísmica está ativa, passando por momentos de maior ou menor intensidade.
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