FOTO: REPRODUÇÃO/TV DIÁRIO |
Investigações revelam que criança havia morrido dois dias antes de o corpo ser achado no apartamento do casal.
O caso do holandês e sua mulher cearense presos sob a suspeita de terem assassinado o filho mais novo do casal, de apenas 3 anos, teve uma completa reviravolta ontem. Agora, surgem indícios de que o crime pode ter sido premeditado e a intenção do estrangeiro era ocultar o corpo do filho, morto dois dias antes da descoberta do fato pela Polícia. O caso ocorreu, sábado último, em um flat, no bairro Mucuripe.
A delegada Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), assumiu o comando das investigações. O casal permanece sob investigação. O holandês Stefan Smith, 37; e sua mulher, a cearense Antônia Cláudia Marques da Silva, 24,continuam presos depois de terem sido autuados em flagrante por homicídios e maus-tratos. Ainda na manhã de ontem, Cláudia foi transferida da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) para o Instituto Presídio Feminino Desembargadora Auri Moura Costa.
Smith permanece na Decap até que a Polícia conclua as investigações em torno do caso.
Torneira
No depoimento que prestou à delegada Juliana Pinheiro, no plantão do 2º DP (Aldeota), a mãe revelou que o garoto de 3 anos (filho mais novo do casal) morreu ainda na quinta-feira passada. Segundo ela, ocorreu um ´acidente´, quando o menino bateu a cabeça em uma torneira no momento em que a mãe lhe dava banho. Disse, ainda, que o marido a impediu de prestar socorro ao filho. Com uma grave lesão craniana, o menino faleceu no quarto do casal.
No sábado, o pai teria tentado obter uma caixa de papelão para, provavelmente, enterrar o corpo do filho. Por conta disso, Smith e a mulher deverão responder também pela tentativa de ocultação de cadáver.
Ontem, a delegada Juliana Pinheiro foi enfática ao afirmar não ter dúvidas de que o casal foi o responsável pela morte do próprio filho. O filho mais velho de Smith e de Cláudia, que é portador de necessidades especiais, permanece internado no Hospital Albert Sabin. Apesar de ter 5 anos de idade, a criança nem anda nem fala. Ele foi internado por estar subnutrido.
FERNANDO RIBEIRO/EDITOR DE POLÍCIA
FONTE: DN
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